Como eu expliquei no post passado, meu jeito de cuidar da
Isabela é muito instintivo e tem até nome chique: attachment parenting.
Para tentar entender o que significava esse termo, comecei a
pesquisar na internet e achei no blog Cientista que Virou Mãe essa blogagem
coletiva. Então bora lá...
Isabela nasceu e veio para o meu peito imediatamente. Que
momento maravilhoso, poder sentir minha princesa nos meus braços, fazendo o que
só eu podia lhe oferecer.
E nos primeiros meses, meus seios foram a solução para todo o
tipo de problema: cólicas, calor, dor, fome, sono, tudo. Era só Isabela chorar
que eu a colocava para mamar. Era tanto leite que ela vomitava horrores porque
não cabia mais no estomago e ela não parava de sugar.
E para minha alegria, filhota sempre adorou mamar. Nesse
primeiro ano de vida, ela nunca recusou o peito (somente um dia que estava
doente e eu me desesperei), e não teve a menor vontade de pegar a mamadeira ou
chupeta. Agora usa o copinho de transição para tomar água, outro líquido ela
não aceita.
O período de amamentação exclusiva e da minha licença
maternidade foi muito bom, Isabela quase não dava trabalho para dormir e ficava
em seu berço numa boa. Como ela nunca gostou muito de colo, sempre deixei que
ficasse em nossa cama, no sofá, no berço ou no carrinho. Acho que o calor
excessivo que faz aqui em Palmas contribuiu para esse comportamento. Ela nunca
se sentiu bem no sling. Colo mesmo era só para dormir e mamar, o resto do tempo
ela queria ficar solta e eu deixava.
O meu retorno ao trabalho, somado a introdução da alimentação
sólida, perturbou o sono dela. Assim que eu voltei a trabalhar, ela passou a
acordar 3 vezes para mamar (antes era só 1). Ao longo dos meses a coisa foi
piorando tanto que eu acabei desistindo de levantar 8 vezes a noite para dar
colo e peito e a coloquei na nossa cama.
Marcelo não se incomodou, acho até que me incentivou, e assim
foi. Desde os 9 meses que Isabela não dorme mais no berço, nem para os cochilos
que agora são no carrinho. A gente passeia com ela pela casa até que adormeça e
deixa ela lá mesmo. Como são cochilos de 1 hora em média, não vejo problema em mantê-la
no carrinho. No meu colo ela não dorme de jeito nenhum, nem se for mamando.
A amamentação é que deu uma diminuída agora que ela está se
alimentando legal. Eu continuo dando de mamar após o almoço, uma vez no fim da
tarde e à noite. E ao longo da madrugada, muitas vezes. E eu não estou nem aí
porque ela está bem pertinho e eu não preciso nem me mexer para dar de mamar.
Rsrsrsrsrsrs
Agora no segundo semestre eu voltarei a trabalhar em período
integral (só estou trabalhando pela manhã) e a pequena vai para a creche a
tarde. A mamada após o almoço deve acabar e a do fim da tarde provavelmente
será mantida. O resto continuará como está, a não ser que Isabela queira mudar.
Não sei mesmo como será daqui para frente. Minha meta era dar
LM até que ela completasse um ano. Isabela nunca tomou LA e nem sei como
introduzir esse alimento agora. Será que precisa? Talvez fosse bom se ela
tomasse uma vitamina a tarde, mas se não for possível tudo bem.
Pois a história é essa. Por aqui temos a amamentação prolongada
(sem prazo para acabar), cama compartilhada, muito aconchego, respeito e pouco
colo, porque a princesa não gosta muito. Na verdade, o que impera na nossa casa
é o bem-estar geral, e isso passa exclusivamente pela felicidade da Isabela. A
única coisa que eu tive que forçar foi a alimentação sólida, porque não era
possível deixá-la somente com a
amamentação exclusiva após meu retorno ao trabalho. Talvez por isso tenha sido
tão ruim e doloroso para mim também. Eu não conseguia ser a agente dessa etapa
tão traumática. Ainda bem que acabou.
Eu e marido estamos criando uma criança bastante feliz, que
ri para todo mundo, se diverte horrores, ganha muito carinho e se desenvolve
muito bem. O resto (cansaço, noites mal dormidas e afins) é resto.
Beijos