sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Amamentação - registro

Precisava de todo jeito escrever sobre a experiencia da amamentação. Não posso e nem quero esquecer desse período maravilhoso de amamentação exclusiva da Bebela.

Tudo começou no dia do parto (esse que eu ainda tenho um pouco de ressentimentos em falar), quando minha pequena saiu da barriga e foi direto pro peito, antes mesmo de ser limpa ou de qualquer outro procedimento. Ela teve alguma dificuldade em pegar porque eu não tinha muito bico, mas logo mamou no seio mais "bicudo".

Meu leite desceu ainda no hospital e lá eu não senti a tão falada febre da descida do leite. Em casa eu tive sim, tres dias com febre (em dias não seguidos) que me deixaram bastante indisposta e com dores pelo corpo.
Isabela aprendeu a pega correta ao longo das duas primeiras semanas. Meus seios racharam, feriram e eu taquei lansinoh e usava o dia inteiro as conchas de amamentação. As feridas sararam rápido, mas as dores ainda persistiram ao longo do primeiro mês. A noite eu sentia os bicos arderem muito, especialmente nos dias em que a filhota passava o dia inteiro mamando. Só de pensar em coloca-la pra mamar já me doía. Nessas horas que as conchas ajudavam demais, aliás elas ajudaram muito também a formar o bico. O único cuidado era de esterelizar todos os dias pela manhã e lavar sempre ao longo do dia, várias vezes.

Eu tenho muito leite, graças a Deus. Fiz varias doações para o banco de leite aqui de Palmas e Isabela vomitava muito, principalmente na época das cólicas porque ela mamava para se acalmar e acabava se entupindo de leite que não cabia no estomago. O lance dos vomitos melhorou só depois dos 4 meses, agora eles são muito raros, ainda bem.

Acho que nos dois meses de vida da Isabela eu sentia as costas ardendo todo o dia a noite. Nas horas de cólicas dela (e em outras também) eu amanentava de pé e isso dá mesmo uma baquiada na coluna. Até hoje eu às vezes amamento de pé para acalmá-la. Cada bebê com sua mania...
O que também aliviou as dores na coluna foi amamentar deitada. Apesar de no começo ter medo de que o leite voltasse e ela engasgasse, eu passei a deitar para amamentar quando queria que ela dormisse. Primeiro eu levantava o corpinho dela, colocando meu braço, depois passei a colocar a cabecinha no travesseiro. Amamentar deitada é a melhor coisa do mundo, relaxa eu e relaxa ela, uma coisa de Deus mesmo. Recomendo 200%.
De madrugada eu não gosto de dar de mamar deitada porque o sono é grande e não é prudente dormir pesado com ela no peito. Como as mamadas da madrugada são rapidinhas (uns 15 minutos no total) dá pra sentar na cama e voltar a dormir em seguida.

Amamentar para mim é quase como uma obrigação. É algo natural (apesar de não ser fácil no começo) e prático, além de ser o melhor alimento para o bebê. Se eu quero dar o melhor para minha filha, então amamentar se tornou sim minha obrigação como mãe. Desculpe pelas palavras duras, mas eu considero menos mãe a mulher que não amamenta por motivos estéticos ou futeis (incluindo aí a dor, que é passageira). Perseverança, paciencia, apoio e amor são as únicas coisas que a gente precisa para ter sucesso na amamentação. E informação também, mas isso a gente precisa para tudo, não é mesmo?

Tenho um orgulho danado por saber que os mais de 6,5kg da minha filha vieram exclusivamente de mim. Eu sou 100% responsável por cada célula dela (quer dizer, teve uma que veio do marido rsrsrsrsrs) desde a gestação até agora.
Nunca na vida eu vou esquever aquela boquinha mínima que mal abarcava o bico do peito, ou a carinha de satisfação e meio cansaço dela ao final das mamadas, muito menos os sorrisos entre uma sugada e outra. Ai, ai, isso é puro amor, é a essencia do sentimento mais sublime que eu pude experimentar.
Só tenho que agradecer a minha Isabela por me proporcionar tamanha alegria.
Filha, eu te amo mais que tudo no mundo. Vou sentir muita falta dessa etapa que está chegando ao fim, mas estou muito feliz com seu desenvolvimento. A amamentação exclusiva vai cessar em algumas semanas, mas o peito da mamãe você só vai largar quando quiser, prometo.